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domingo, 4 de agosto de 2013

Livro: Ouro, Fogo e Megabytes

Ouro, Fogo e Megabytes. ( Legado Folclórico)  – Felipe Castilho – Editora Gutenberg, 2012



Sinopse: Transitando entre uma renovada mitologia nacional e a atmosfera geek que envolve o nosso cotidiano, “Ouro, Fogo & Megabytes” é o primeiro livro da coleção O Legado Folclórico, do paulistano Felipe Castilho. Anderson Coelho é um garoto do interior que vive a maior do tempo no mundo virtual de Battle of Asgorath (ou simplesmente BoA), um MMORPG medieval que é a sensação do momento. No ranking geral dos jogadores ele é o segundo colocado, atrás apenas de Esmagossauro, um misterioso e impiedoso player. Porém, a habilidade nos games nunca facilitou a sua vida escolar. Após uma desastrosa aula de Educação Física, Anderson ganha uma suspensão e não sabe como explicar o ocorrido aos pais. Eis que um estranho surge em sua cozinha, convencendo seus pais a liberarem-no para uma viagem a São Paulo, o que vem bem a calhar. A Partir disso, Anderson se vê envolvido em uma perigosa trama envolvendo uma ONG e uma corporação interessada em recursos naturais (e lucro) a qualquer custo. Wagner Rios, carismático dono da empresa Rio Dourado, sequestrou a última criatura de uma antiga espécie de elementais - a Mãe D'Ouro. O problema é que além de Anderson e seus novos amigos, outra criatura está vindo salvar a elemental. Ela é grande, é de fogo, e não está nada feliz... Repleto de aventura, espionagem, linhas de programação, vírus, cucas, sacis e capelobos, Ouro, Fogo & Megabytes mudará a forma em que você enxergava o folclore nacional. 


Ouro, Fogo e Megabytes chegou às minhas mãos meio que de repente. Nunca havia ouvido falar do livro ou de seu autor, e estava com amigos andando pelos stands das editoras no Anime Friends quando  em uma delas,  começamos a ouvir um moço falar sobre o tal livro. Nos falou da historia, nos falou da aceitação que o livro teve por quem já havia lido e fez toda uma propaganda. Quando então percebemos era o próprio autor ali, nos contando sobre o seu livro.

Compramos, ganhamos autógrafos e foto. Falei para ele que eu lia muita fantasia, e que gostava de saber as novidades da literatura nacional nesse meio e que NUNCA, NUNCA havia ouvido falar dele. Que ele precisava urgentemente de mais propaganda.



Achei a edição do livro muito bem feita, a capa é linda, a diagramação  é boa, e tem ilustrações no inicio de cada capitulo. Além de ser uma leitura de fácil compreensão e instigante.

Já comecei a ler me divertindo, pois no inicio o protagonista faz um glossário para o fórum de MMORPG do qual participa, que ficou muito bom.  No desenrolar da historia, vamos conhecendo Anderson e sua rotina como uma criança de doze anos de idade. Até que o extraordinário, com personagens fantásticos passa a acontecer.

A fantasia com toda a pegada do folclore brasileiro ficou muito bem desenvolvida. E sinceramente achei o livro muito educativo, queria automaticamente que todos os meus alunos pudessem  lê-lo.  Com a dose ideal de mistério,os vilões ficaram muito bem colocados, e a busca pelo espião me fez ter várias teorias sobre quem estaria traindo aquela Organização que só procurava fazer o bem para aquelas crianças, à natureza e às criaturas folclóricas.  O ápice da aventura ficou ótimo,  eu só queria que o vilão tivesse sofrido mais, e o final me deixou muito curiosa em poder pegar logo o próximo volume.

Pessoalmente tive um pouco de dificuldade em imaginar um garoto de doze anos tão esperto quanto os personagens mais jovens do livro. Quebrei a cabeça para tentar imaginar porque aquilo estava me incomodando tanto, até perceber que Harry Potter  e Percy Jackson entraram muito bem na minha imaginação porque eu tinha quinze anos quando os conheci como protagonistas de onze anos cada um. Mas que agora aos vinte e seis anos, e com alguns de profissão na rede de ensino, eu não conseguia mais ver crianças de doze anos tão espertas assim. Mas quando parei para refletir , percebi que foi o mesmo problema que tive com Territórios Invisíveis de Nikelen Witter, e que na época passei a observar meus alunos de onze  a quinze anos mais atentamente para buscar um ponto de referência para uma criança tão esperta e aventureira.E aí sim ficou mais fácil aceitar toda a aventura. (Sim eu sei , estou ficando velha e não posso deixar a minha imaginação envelhecer também)

A única coisa que me incomodou no livro foram algumas referências que eu, com vinte e seis anos entenderia tranquilamente, mas que alguém de doze anos não entenderia sem uma pesquisa. Como por exemplo a referência a Zinédine Zidane e seu ataque a outro jogador de futebol durante um campeonato importante. Eu lembro disso, eu vi acontecer na televisão ao vivo, uma criança de doze a quinze anos provavelmente nunca nem ouviu falar dele ( eu fiz um teste,perguntei por ai a alguns mais jovens), por isso me incomoda quando há essas referências que meio que deixam o livro datado. Ao invés de falar que ele fez como Zidane, apenas a descrição do momento já seria suficiente. Mas isso é uma coisa pessoal minha esse tipo de referencia me deixa desconfortável em qualquer livro.        

Mas no fim , o livro é ótimo  e merece muito destaque. A aventura é espetacular, o folclore brasileiro é maravilhoso e deve sim ser mais explorado  e apreciado por nós. E fiquei muito feliz em saber que o próximo volume sai ainda neste mês de agosto de 2013. Vou comprar e acompanhar com certeza! Literatura Nacional crescendo yeah! 


 
Eu, Felipe Castilho  e Mônica Ferreira no stand da editora no AF, 2013.

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