Como já comentei antes não costumo ler sinopses. Leio porque
gostei da capa, ou vi falar bem do livro na internet ou porque algum amigo me
indicou. Este, li porque me interessei pela capa e uma amiga indicou tanto que
eu tentei adiantar ele na lista de leituras.
Outro ponto, assim que acabo de ler um livro, vou ler as
resenhas dele no skoob, as negativas
principalmente, para ver no que as pessoas discordam da grande maioria
que o elogiou.
O Inferno De Gabriel - Gabriel's Inferno - Livro 1 - Sylvain
Reynard. Editora Arqueiro, 2013.
Sinopse: Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado
especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor
universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem
limites.
O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema
sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado.
Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais
nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados.
Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de
uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer
mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante
– um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer.
Assim que põe os olhos em Julia, Gabriel é tomado por uma estranha sensação de
familiaridade, embora não saiba dizer por quê. A inexplicável e profunda
conexão que existe entre eles deixa o professor numa situação delicada, que
colocará sua carreira em risco e o obrigará a enfrentar os fantasmas dos quais
sempre tentou fugir.
Primeiro livro de uma trilogia, O inferno de Gabriel explora com brilhantismo a
sensualidade de uma paixão proibida. É a história envolvente de dois amantes
lutando para superar seus infernos pessoais e enfim viver a redenção que só o
verdadeiro amor torna possível.”
Vindo na onda dos livros “eróticos” lançados no Brasil, O
Inferno de Gabriel logo entrou na minha lista, mas não era nenhuma prioridade.
Por fim consegui colocar minhas mãos nele e o devorei em poucos dias.
A história me prendeu devido aos segredos dos protagonistas,
que vão aos poucos sendo descobertos. Gosto de livros que me prendem assim, que
me fazem querer ir para casa para lê-lo, ou carrega-lo para todos os lugares
para ler sempre que possível.
Achei o livro bem escrito, bem desenvolvido. Ele é escrito
em terceira pessoa e não em primeira, como é a onda desses livros mais recentes
que li. Para mim foi uma historia sensual e mais culto devido a todas as
citações de clássicos literários, às obras de arte, às discussões filosóficas dos
temas e Dante e tudo o mais.
Ele me irritou mais ou menos pela metade, por toda a relação
do romance, e como o Gabriel depois de mostrar sua face de “demônio” , por ter
sido muitas vezes cruel com ela, passa a ser muito mais atencioso e apaixonado,
quase meloso. E Julia, me irritou por
toda lenga lenga “ai sou virgem”. Mas a irritação durou umas cem paginas e
depois passou. Talvez por esse motivo e
pela personalidade mais “bondosa e tímida” de Julia, eu vi muitas pessoas a
comparando com a Anastásia de Cinquenta Tons de Cinza. Ela LEMBRA como personagem mesmo, eu também
cheguei a pensar nessa semelhança enquanto lia, mas O Inferno de Gabriel tem um
enredo mais desenvolvido e melhor escrito. Os livros se assemelham no romance
apenas, porque de uma forma ou de outra é a mesma fórmula de romance clichê.
Mas como eu gosto dos romances clichês porque são uma ótima distração, fiquei irritadinha por algumas paginas mas
depois passou. Vi pessoas achando ele
incoerente e sem sentido. Para mim foi normal e tranquilo, uma história como
qualquer outra, ela faz sentido se você mergulhar nela e entender as dúvidas e
os sentimentos dos personagens.
O livro te deixa com vontade de ler todos os clássicos que
ele cita e ouvir todas as musicas. Baixei a playlist dele assim que terminei de
ler e pretendo dar uma revisitada nos clássicos literários no futuro.
Outra coisa que me lembro de ter pensado enquanto lia é que
os últimos romances que li, e que tem sempre essa mesa fórmula, moça inocente,
cara mais velho, um ou outro ou ambos cheios de traumas, problemas e segredos,
eram todos mais fúteis, sem um pano de fundo mais elaborado, e por isso pensei:
esse deve ser diferente porque é escrito
por um homem. Mas acabei de me deparar com pessoas reclamando que tem
certeza de que é uma mulher utilizando o
pseudônimo, por que eles sentiram isso na escrita. Bom, eu pensei justamente o
contrario, achei mesmo que tem uma característica mais masculina. Então fica aí
a duvida sobre a realidade do pseudônimo de Sylvain Reynard.
Ele é um livro sensual. Foi uma ótima leitura.
Lerei a continuação com certeza.
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